sexta-feira, 8 de julho de 2011

Minha vida no bueiro

Vocês já repararam que todo dia eu falo nos tais bueiros da Light. Para quem está fora do Rio de Janeiro pode até ser incompreensível mas aqui o problema está grave. Imagine andar na rua com medo de ser levados aos ares por um bueiro? Pois é assim que observei os pedestres do Centro hoje. Pessoas desconfiadas, esquivando-se e perguntando se mais algum explodiu. Quando viam a movimentação dos representantes da Light ( a companhia energética daqui) e de técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), que  realizavam uma vistoria nos bueiros que já explodiram, aí sim o olhar era uma mistura de pânico e indignação. E é para ter receio mesmo.

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Só para ter ideia hoje foram vistoriados 18 bueiros com um aparelho usado para medir a capacidade explosiva, o tal explosímetro. O apito deu conta de que em cinco deles, foi há 100% de chance de ocorrer uma explosão caso alguma centelha seja acesa próximo. Em sete bueiros, a chance de explosão varia de 60% a 80% e em cinco, não foi encontrada nenhuma alteração. Isso se deve à presença de gás nas galerias. Aí Light empurra pra CEG (Companhia Estadual de Gás) e vice-versa.

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Os cariocas se perguntam até quando esse problema vai continuar. Anteontem fui a Niterói encontrar uma vítima do bueiro. Ela está traumatizada. Não quer mais botar os pés no Rio, está com a coluna machucada e com ouvido tampado. Vai processar a Light. E deve mesmo porque quem paga essa conta? E o trauma? A seguir vídeo da vistoria de hoje. Estamos no ar!

Equipe de hoje: Felipe Freire (repórter) e Alexandre Vieira ( fotógrafo)

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