As melhores coisas da vida costumam acontecer quando menos esperamos. Foi assim que conheci a história do fotógrafo Severino Silva. Sentada na redação, lendo pacatamente os jornais, fui apresentada pelo chefe de reportagem a um mestre da fotografia com a dica “entrevista ele. É o cara!”. Não pensei duas vezes. Sentamos em um canto da redação e começamos a conversar. Com um jeito tímido e uma humildade elogiável, Severo, como é conhecido entre amigos, começou a me contar sua história. Já na infância,vida humilde no interior da Paraíba, ele demonstrava o dom da fotografia. E era dom mesmo. “Quando era pequeno, ficava olhando as nuvens e as figuras que elas formavam. Via minha vó varrer a casa de chão batido e coberta com palha e achava lindo o contraste da poeira com a luminosidade que entrava. A noite, como não tinha luz elétrica, eu ficava vendo as estrelas naquela escuridão e o vento balançar as folhas de bananeira, formando belas figuras”, relata.
Ainda pequeno mudou-se para o Rio de Janeiro. Trabalhou em diversas funções e locais. O primeiro contato com o Jornalismo foi no jornal O Globo, onde começou como auxiliar administrativo. Como não tinha dinheiro para comprar livros sobre Fotografia, nas horas vagas era nas bibliotecas que ele buscava conhecimento. Aliando a teoria,com os conselhos práticos de fotógrafos profissionais e a paixão, hoje já são quase 20 anos de profissão. Severo já conquistou muitos prêmios, dentre eles o Nikon (91/92), o 6º Salão de Fotografia e o Líbero Badaró. Especializado em fotojornalismo policial é um dos repórteres fotográficos mais respeitados do país. Confira a seguir os relatos deste profissional em vídeo. Estamos no ar!
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