sábado, 24 de setembro de 2011

O meu Rock in Rio

Há alguns dias publiquei nas minhas redes sociais que eu estaria apenas no Rio e que o Rock In ficaria para depois. Mentira! Não, eu não menti por querer mas por desconhecimento. Não há como não estar envolto no festival de música quando se está em uma cidade onde tudo e todos respiram isso. Na orla turistas exibem suas camisetas, na frente dos hotéis de luxo pessoas e paparazos frenéticos em busca de uma mísera imagem dos artistas, filas e filas para pegar ônibus.

Escultura em Copacabana


Engana-se quem pensa que tudo foi a maravilha que a TV mostrou. O clima não colaborou. Fez frio e os 40 graus cantados ficaram para a próxima. Dias nublados, com garoa esparsa e um vento gelado. Nos pontos de ônibus especiais que fazem o transporte para o festival, pessoas reclamam que teriam pago preço muito maior antecipadamente pelas passagens e quem chegou de última hora desembolsou pelo menos R$ 15 a menos ou pior: quem pagou e não viu. Foram pelo menos 120 ocorrências policiais só na primeira noite de shows, com destaque para os assaltos. Um hostel foi assaltado e os bandidos amordaçaram até o cachorro e levaram tudo que era de valor, inclusive ingressos. Perto do palco Mundo, onde acontecam os shows principais, a bebida era mais cara. Para alguns o sonho virou pesadelo. São essas coisas que desprestigiam nosso país quando se trata da promoção de grandes eventos mas mesmo assim em uma cidade que só transpira rock, com direito até a beijo em fã e tanque de guerra rosa só vale destaque mesmo para muita mas muita música e alegria.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Além do que a faculdade oferece

Todo estudante de Comunicação já ouviu ou vai ouvir de seus professores que deve buscar as atividades extra-classe. E não é blá, blá, blá. Acreditem. Pense em conhecer lugares novos, aprender coisas novas, com amigos novos. Não parece bom? Pois isso tudo é possível com as famosas extracurriculares. Palestras, congressos, encontros, concursos. Opção de colocar em prática o que você decora para as avaliações não faltam, basta pesquisar.

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Eu mesma me critico hoje por não ter descoberto isso antes. Minha primeira experiência foi vinculada a uma disciplina chamada Projeto II – Ação Comunitária, onde os alunos desenvolvem a parte comunicacional para uma ONG, gratuitamente, por um semestre. Cansei de ouvir “que chata deve ser essa cadeira”. Agora pense em pessoas que têm idéias e não sabem executá-las. Dependem de você. A atividade além de proporcionar troca de conhecimentos também faz com que o aluno conheça um pouco do tão temido mercado de trabalho e se sinta valorizado como profissional. Receber um parabéns, muito obrigada por me ajudar, não tem preço. Meu grupo atendeu uma entidade que fica perto da minha casa e com a qual mantenho contato até hoje e vejo o quanto evoluiu com a ajuda dos alunos. Foi com o projeto de comunicação para esta entidade que eu e meus colegas concorremos ao Intercom regional. Não ganhamos mas só de estar entre os finalistas foi bom.


Intercom Sul 2010

Depois desse “concurso” participei de vários outros: de webjornalismo, de fotografia, de TV. Perdi quase todos mas meu tempo não foi perdido porque precisei estudar e dominar ferramentas que não conhecia para elaborar os projetos. E quando a gente quer, pode. Não é clichê. Quando foi lançado o Prêmio Jovem Jornalista, do Instituto Vladimir Herzog, que premia projetos de pauta de estudantes, eu tive vontade de participar. Mas e a preguiça de redigir dez páginas? Deixei tudo para a véspera e em uma tarde fiz tudo. Um mês depois eu estava na cerimônia de premiação como a primeira vencedora da Região Sul. Viajei, conheci pessoas, fiz amigos, estagiei no Rio de Janeiro e aprendi um monte de coisas. O que estou contando não serve para me vangloriar. Serve para incentivar todos aqueles que têm preguiça quando lêem sobre algum concurso. Mexam-se. Depois pode ser tarde.

Premiação em São Paulo

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

É difícil fazer vídeos de qualidade?

A resposta é simples: NÃO. Todo mundo sabe que eu sou uma apaixonada por vídeos e sendo jornalista vem aquela paranóia de observar a fotografia da imagem, com seus ângulos perfeitos. Protecionismo. A verdade é que qualquer pessoa que entenda o mínimo de tecnologias pode fazer vídeos, até de boa qualidade. Filmar não tem nenhum mistério. Basta um celular, uma câmera digital ou até um filmadora portátil e pronto. Todos podem experimentar a reportagem e com criatividade até um pouco da fama que sites de compartilamento de vídeos podem garantir.

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Quer um exemplo? Quem acompanha meu blog deve ter visto que, durante o estágio que fiz no jornal O Dia, no Rio de Janeiro, diariamente postava algum vídeo com entrevista, bastidores ou curiosidades. A forma de fazer era simples. Estava munida apenas de uma câmera digital simples, de 12MP que grava em formato para web (320x240). Na dúvida capturava todo tipo de imagem. Depois era só transferir os dados para o computador via USB e editar. A edição era feita num software bem simples também, o Movie Maker, que já vem com o próprio sistema operacional. Cortes feitos e legendas colocadas era só fazer o upload ao youtube e pronto. Todos que acessassem poderiam compartilhar da minha experiência. Outra forma é brincar de "fazer" seu próprio conteúdo. Experimente baixar alguns vídeos, fazer um texto, sonorizar. O vídeo na sequência mostra exatamente isso, com a diferença que neste caso foi editado por um profissional.



Existem claro algumas dicas que devem ser observadas: ter cuidado com o áudio, contar até 10 até mudar de ângulo, evitar tremer e mudar bruscamente de take, sempre conferir se configurou certo o equipamento, fazer materiais curtos (máximo de 3 minutos) e ver muitas reportagens analisando o que o cinegrafista e o editor fizeram ali. Então que tal começar a se aventurar com a notícia e as curiosidades que surgem na nossa frente todo dia? Estamos no ar!

Relembre dicas sobre produção de vídeos. Clique aqui
Relembre tudo que aconteceu no jornal O Dia. Clique aqui

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

www.tudoemaisumpouco


Internet. Há dez anos atrás eu apenas conhecia esta palavra mas ainda não havia experimentado desse universo. Hoje sou apenas mais uma entre os mais de 80 milhões de internautas. Isso mesmo. De acordo com o Instituto Ibope Nielsen, ramificação que pesquisa os números da web, o Brasil é o 5º país em número de acessos. Somando os diversos locais, formas e periodicidade, cerca de 87% dos brasileiros acessam a internet semanalmente e esses números só tendem a crescer tendo em vista a ascendência  da classe C. Com tanta facilidade e com números que comprovam a expansão não é a toa que a internet se torna cada vez mais um palco para tudo.

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Quem já não ouviu aquela frase: se eu não sei, o Google sabe. E parece saber mesmo. Encontra-se empregos, relacionamentos, endereços, mapas, receitas. TUDO. Já parou para pensar? São infinitas as funcionalidades.

Mídias sociais: diversão x profissão
Foto: internet

>>Tem o incrível poder de aproximar universos e pessoas através dos sites de relacionamento e bate-papo.
>>É fonte de conhecimento ao alcance de um clique. Os blogs mesmo, como este, surgiram dessa necessidade de trocar experiências. Quem entende de algo ou vive algum momento compartilha com outros, que podem se identificar com a situação e o melhor: muitas plataformas de hospedagem são gratuitas e boas ideias podem render até um dinheirinho extra.
>>É fonte de fama. Aliás está na moda gravar qualquer situação cotidiana, colocar na internet, ganhar alguns milhões de acessos e virar celebridade. Quem ainda não foi lá conferir vídeos como o dos meninos da formiguinha e da Luísa Marilac que atire a primeira pedra. As subcebridades se esbanjam lançando seus factóides, divulgando músicas virais e tendo seus 15 minutos de "famous". Como diz o diretor do reality show A Fazenda “as pessoas criam personagens que as levam de comuns a artistas”.
>>> E claro que não dá para esquecer do Jornalismo né? Se tudo ficou mais instantâneo, também questiona-se o fato de lançar informações sem a devida checagem. Afinal não há tempo para detalhes e as barrigas (erros de informação) acabam sendo recorrentes. E o conceito de repórter cidadão se fortalece. Qualquer leitor faz foto, vídeo e envia para as redações. Novos e perigosos tempos.

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Quando ia se imaginar que seria possível fazer faculdade pela internet, comprar e pagar, acessar contas bancárias, aprender idiomas, conhecer um marido. Ufa! Se eu for listar tudo que é possível fazer neste mundo online vou ser banida daqui por "over uso".


Acessar a internet sem controle pode ser sinal de doença
Foto: internet

Mas cuidado porque toda faca tem dois gumes. Nunca se sabe quem está do outro lado e não se deve esquecer que navegar no twitter, cutucar no facebook, teclar no Messenger, postar fotos no Orkut, ser celebridade no Youtube, se auto promover no LinkedIn e avisar onde está no Foursquare é legal mas já dizia meu bisavô que tudo que é demais enjoa. Nada substitui o contato físico. Podemos ser 80 milhões na web mas somos 190 milhões neste país afora. E você já parou para pensar no uso que faz disso tudo? Estamos no ar!

Estamos de volta

Depois de um leve apagão o blog está na ativa novamente. Sim, eu sei que um bom jornalista não abandona assim uma plataforma de comunicação mas motivos de força maior me afastaram daqui. Com o fim do estágio no jornal O Dia, onde contei todas as experiências que vivi por lá, agora pretendo fazer deste espaço uma troca de conhecimentos e comentários sobre o mundo do jornalismo, suas dificuldades e curiosidades. Sejam todos bem-vindos de volta. Estamos no ar!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

5 segundos de fama

Eu nem achei relevante, nem fiquei convencida e confesso que nem me reconheceria se não prestasse muita atenção mas ontem a "chuva" de torpedos e recados nas redes sociais me surpreendeu. E do que estou falando? Do programa Profissão Repórter (Rede Globo). Não foi nada demais. Na verdade minha modesta aparição não passou de uns 5 segundos. O programa mostrou o dia a dia dos fotógrafos (fotojornalistas e paparazos) e em um desses acompanhamentos a equipe do programa estava com o fotojornalista do Jornal Extra e vieram para a mesma pauta que nós estávamos. Todos faziam plantão na porta da Corregedoria da Polícia Civil, no Centro do Rio, na tentativa de falar e flagrar a perita do Caso Juan que, segundo informações, estava prestando depoimento.

Depois de passar mal. Água gelada e sal. (parecia pó)

Momento de encontro entre as equipes



Foi nesse dia que passei mal, quase desmaiei com a queda de pressão. Não foi emoção não. Foi resfriado mesmo. O saldo foi positivo. Esses 5 segundos levaram pessoas que não falo nem vejo há tempos a me procurarem. Ex-professoras, ex-colegas de trabalho, amigas de Santa Catarina, Mato Grosso e gente carinhosa do RS. Além dessa parte pessoal, o interessante foi ver o material pronto e ter acompanhado parte dos bastidores da gravação. Grava-se muito, grava-se tudo na dúvida. Até nosso almoço em um bar "pé sujo" a equipe gravou, a entrada na delegacia, os cliques furados. Tudo. Isso não foi ao ar. A lição de hoje para quem está começando é que ver os dois lados é um ensino que não se tem em nenhum banco universitário. "Bora" meter a cara e experimentar a profissão. Confira o programa na integra clicando aqui. Estamos no ar!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fim dos trabalhos

Todos leitores deste blog sabem que ele foi criado para contar os bastidores de meu estágio no jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Há pouco mais de uma semana este período acabou. Restaram as boas lembranças, as amizades e as lições de jornalismo que compartilhei com todos e algumas experiências pessoais. Não. Este blog não vai acabar. Sigo contando para todos a rotina de uma jornalista em começo de carreira e as mazelas em busca de emprego que, certamente, muitos vivem, viveram ou vão viver.

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Os vídeos que eu produzia e postava diariamente eram o ponto alto. Então, para marcar o fim dos trabalhos relacionados ao O Dia, segue um resumão de tudo. Busquei reunir neste último vídeo as principais pautas (não podem faltar os bueiros, minha pós-graduação) e depoimentos com dicas de alguns repórteres.

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As lição de hoje são:
- Nem sempre se tem uma boa pauta mas é preciso fazê-la como se fosse a melhor de todas;
- Reportagem de polícia é ciência exata e cidade uma eterna incógnita;
- Nunca pense que não vai conseguir ou que algo está longe. Faça acontecer;
- Estudantes: participem de concursos, atividades extras. Larguem a preguiça e experimentem coisas diferentes;
- Existe coleguismo entre jornalistas. Aqui no Rio Grande do Sul isso não é tão comum;

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O último parágrafo, peço licença, é para dizer a todos que conheci no O Dia que cada momento esta guardado e que foi um prazer conviver, brincar e aprender com todos. Abraço grande para os repórteres Vânia Cunha (gata), Diogo Dias (tenta imitar meu sotaque), Felipe Freire (cara de sério), Francisco Alves (olha essa fera aí), Fernanda Alves (conhecida por bala perdida), Maria Luísa Barros (a moça da Educação), Isabel Boechat (a cara da minha prima) e Flávio Araújo (paga o café da tia), ao contador de histórias Luarlindo Ernesto (velhinho safado), ao beijoqueiro Lúcio Natalício (Natal), aos fotógrafos Carlo Wrede (o Lord), Alexandre Vieira (cocó), Carlos Moraes (Fabio Jr dos pobres, fã nº 1), Fábio Gonçalves (o Ralado), Paulo Araújo (Santo Antônio), Paulo Alvadia (o pontual), Alessandro Costa (o chefão), Severino Silva (Severo) e Fernando Souza (desmaia fácil mas é uma vez no ano), a estagiária Paloma Savedra (hiena), a todos motoristas (todos mesmo), aos chefes de reportagem Lula Pellegrini (siniiiiistro) e João Antônio, a secretária Nathalie Chianello (quem me recebeu com tanto carinho), ao editor da TV O Dia Élcio Braga, ao chefe de redação Alexandre Freeland, ao diretor do online Henrique Freitas e a todos aqueles que não tive o prazer de conversar, que me olhavam com olhos curiosos e que, da mesma forma, eu retribuia olhando curiosa. Desculpem se esqueci de alguém. Reclamações neste guichê!! Foi um prazer galera!

Estamos no ar!