Há alguns dias publiquei nas minhas redes sociais que eu estaria apenas no Rio e que o Rock In ficaria para depois. Mentira! Não, eu não menti por querer mas por desconhecimento. Não há como não estar envolto no festival de música quando se está em uma cidade onde tudo e todos respiram isso. Na orla turistas exibem suas camisetas, na frente dos hotéis de luxo pessoas e paparazos frenéticos em busca de uma mísera imagem dos artistas, filas e filas para pegar ônibus.
Engana-se quem pensa que tudo foi a maravilha que a TV mostrou. O clima não colaborou. Fez frio e os 40 graus cantados ficaram para a próxima. Dias nublados, com garoa esparsa e um vento gelado. Nos pontos de ônibus especiais que fazem o transporte para o festival, pessoas reclamam que teriam pago preço muito maior antecipadamente pelas passagens e quem chegou de última hora desembolsou pelo menos R$ 15 a menos ou pior: quem pagou e não viu. Foram pelo menos 120 ocorrências policiais só na primeira noite de shows, com destaque para os assaltos. Um hostel foi assaltado e os bandidos amordaçaram até o cachorro e levaram tudo que era de valor, inclusive ingressos. Perto do palco Mundo, onde acontecam os shows principais, a bebida era mais cara. Para alguns o sonho virou pesadelo. São essas coisas que desprestigiam nosso país quando se trata da promoção de grandes eventos mas mesmo assim em uma cidade que só transpira rock, com direito até a beijo em fã e tanque de guerra rosa só vale destaque mesmo para muita mas muita música e alegria.